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Geral Quarta, 29 De Outubro De 2014

A Falácia da Modernidade Defendida por um Ex-Secretário da Fazenda

A Falácia da Modernidade Defendida por um ex-Secretário da Fazenda Quando o agente político estufa o peito para dizer que modernidade é a palavra de ordem, melhor desconfiar. A conhecida história do bode mal cheiroso na sala é bem ilustrativa: tira-se o bode da sala e ela volta a ter o mesmo ar viciado de antes, mas nota-se algum alívio pela ausência do bode. Cria-se a dificuldade, mas a solução implantada resulta no mesmo ar viciado de antes. Em minha história recente o bode durou seis longos anos, de janeiro de 2009 a outubro de 2014. E nesse período o termo ¨moderno¨ foi muito badalado na Secretaria de Fazenda de Americana/SP. ¨É preciso esquecer aquela visão ultrapassada de antes¨, repetia o então secretário JAP. E o espírito reformista não tardou. Onde antes havia um diretor para dois ou três supervisores, a modernidade concebeu uma complexa estrutura administrativa somente vista em grandes centros e não em uma cidade do interior com pouco mais de 200 mil habitantes: secretário, secretária adjunta, chefe de gabinete, assessoria técnica, assessorias fazendárias, subsecretários, encarregados e assistentes técnicos de toda ordem. Aqui também entra a história do bode: cargos de mais, executores de menos. Mas, a modernidade não se dá por vencida. E nem o concurso público, que por disposição constitucional deveria ser um pilar da Administração Pública, corolário da moralidade e da impessoalidade, saiu ileso a tanta modernidade. Completaram-se as vagas com os de fora. E vieram aos montes para preparar processos, para assessorar registros em sistema eletrônico, para coordenar a implantação de um ou outro sistema, para atender o público e para ocupar funções administrativas. Mas, ainda sim, a modernidade ainda não estaria completa sem cereja do bolo. Faltava algo mais para contar. E o então secretário atinou um diabólico mecanismo para recompensar o trabalho ¨excepcional¨: aos seus adeptos todo tostão, aos demais conforme aprouvesse o seu humor. Anderson Natel Ferreira Coordenador do site www.plantaofiscal.net

Autor

  • Anderson Natel Ferreira

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