Brasil - Mantega Reafirma que Governo Não Vai Admitir Demissões
Ministro se diz satisfeito com desfecho no caso da GM de São José dos Campos O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (06/08) a ampliação, em R$ 10 bilhões, do limite fiscal do Estado de São Paulo. ""Como São Paulo tem tido um bom desempenho fiscal, se habilita a ampliar seu teto para elevar investimentos"", disse após reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. Dos R$ 10 bilhões, R$ 2 bilhões estão sendo negociados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para serem aplicados em duas novas linhas do metrô da capital. Os demais poderão ser contratados em organismos multilaterais, como Banco Mundial, e agências de fomento. Guido Mantega também informou que, na próxima quinta-feira (09/08), será anunciada a ampliação do espaço fiscal de outros Estados. O objetivo é dotar as Unidades da Federação de recursos para reforçar os investimentos. Segundo o ministro, essa ampliação faz-se importante para reativar a economia em meio a um cenário externo de forte crise. ""Isso exercerá função anticíclica no momento em que a crise afeta nosso crescimento e é muito importante que os Estados também participem"", afirmou. Novas medidas anticíclicas O chefe da Fazenda informou aos jornalistas que o governo deve anunciar, nas próximas semanas, outras medidas para estimular o investimento. ""Temos que animar o setor privado que está um pouco reticente em função da crise"", ressaltou. Para o ministro, as medidas adotadas pelo governo para desonerar a produção e o câmbio mais favorável vão ajudar a retomada da economia brasileira no segundo semestre. ""O nível de atividade será melhor no terceiro trimestre deste ano e melhor ainda no quarto trimestre. É necessário um tempo para as medidas tomadas possam exercer seu efeito”. Setor automotivo Sobre o acordo fechado entre trabalhadores e a direção da General Motors em São José dos Campos, no último sábado (4/8), Guido Mantega disse ter gostado do desfecho, que vai reverter possíveis demissões. “Estava começando a ficar preocupado. Até agora o saldo da indústria automobilística era positivo e eu não queria que houvesse algo para ameaçar isso"", comentou. O ministro ainda acrescentou que o setor automotivo está com bom desempenho nas vendas e precisa garantir o pacto de não demissão, feito em contrapartida à redução do IPI, ocorrido em maio. “É um acordo importante e o governo federal tem que ficar vigilante para garantir que essa cláusula seja cumprida"", enfatizou. Mantega reafirmou que o governo não vai admitir demissões naqueles setores beneficiados pela redução de IPI. ""Estamos vigilantes e vamos fiscalizar rigorosamente para que não haja demissões, nem na indústria automobilística, nem nos setores que fizeram o acordo de redução de tributos, como o setor de linha branca e móveis. Não podemos ter demissões no Brasil "", ressaltou. Fonte: Ministério da Fazenda - http://www.fazenda.gov.br/, em 06/08/2012
